quarta-feira, 1 de julho de 2009

cinza



Hoje escrevo...
não sei.. mas escrevo.
e havia uma garotinha..
ela tinha um grande cachorro branco...
seu pelo chegava a brilhar, branco como a neve
(e é dificil encontrar um cachorro assim)
e a garotinha sorria por dentro,
sorria de como amava seu cachorro branco...
de como seu pelo era macio e bonito
de como o dia era claro e a grama verde.
acho que aprendi algo com eles...
as pessoas, depois que crescem,
tornam-se ignorantes às coisas belas
quisera aprender mais, mas por descuido, abri os olhos
agora são só paredes mofadas
mas vejo o caderno em minhas mãos
vejo que escrevo, mas por que escrevo?
mesmo sem saber... por que?
talvez porque hoje é cinza.

3 comentários:

Davi Machado disse...

Tem certos dias que me fazem pensar que escrever é o que resta, mesmo sem saber...

O cinza, a cor de um dia, reflete o que a alma traduz!
é um poema admirável!

Dani Santos disse...

... Por quê?

As palavras como pedaços do cinza estranho dos dias, das horas.

porque talvez haja tanto a ser dito. apesar de...

haja tanto a ser sentido, a mostrar que se sente... a compartilhar.


E peço então que escreva, sempre, sem por quê ou pra quê.
Depois de um dia cinza às vezes o céu se pinta de azul.

Abraço forte pra ti,
Obrigada por essas palavras cinzas mas com tanta cor.

Aмbзr Ѽ disse...

um dia tudo será assim

Blog Suicide Virgin