quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Já faz algum tempo que não procuro saber das novidades, pessoas, seus detalhes e notícias tristes. Não que de repente deixe de me importar com as pessoas em si mas me tornei tão desinteressado que o isolamento parece mais convidativo.

domingo, 12 de junho de 2011

Quando não é domingo

O garoto passava seus dias a procura de pessoas diferentes
quando encontrava, nada dizia, as vezes esboçava um sorriso
mas observava-lhe enquanto possivel
como se lesse algo de vida em seus olhos
já não sentia-se sozinho no mundo.

domingo, 8 de maio de 2011

I Concurso de Poesias Autores S/A


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quarta-feira, 9 de março de 2011

Estrada sem chão (zero)

Abriu os olhos e não havia nada que quisesse realmente fazer. Olhou em volta checando os estragos da tarde anterior e ficou a imaginar até que ponto poderia chegar tudo isso, ainda procurava por algo mas parecia cada vez mais longe de descobrir o que era.

Os musculos ainda estavam doloridos, a tinta seca grudava sua pele de modo incômodo, tentou levantar-se devagar. O espelho anda refletia a mesma Alice de sempre, porém num estado um tanto pior, o rosto exibia uma mistura seca de suor, lágrimas e tinta. ela abaixou a cabeça desviando o olhar da garota do espelho e arrastou-se até o chuveiro.

Enquanto a agua do chuveiro dissolvia a tinta branca ela tentava encontrar algum sentido em qualquer coisa. Todas as lembranças não passavam de uma névoa distante e ela achava melhor assim, mas ainda tinha essa falta de tudo como se a estrada simplesmente desaparecesse em todas as direções. Normalmente usava a imaginação para inventar seus dias, era o recurso que lhe sobrava mas agora parecia não funcionar... Relutou um pouco mas cedeu à fazer planos, tentando analisar as coisas logicamente.

Precisava encontrar Nicolle que já não aparecia à quase dois dias, e precisava de uma vontade, qualquer coisa que lhe obrigasse a querer e assim passar o tempo. Não fazia ideia de como ter ou comprar uma coisa dessas mas teria de descobrir.

Ao girar a chave na fechadura tinha um plano definido mas isso não mudava em nada aquela sensação. Um pequeno sussurro se repetia em sua mente no ritmo em que respirava.

"Pra onde vamos agora?"

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Hiatus

Prometeu-se mais uma vez de que seria a última,
cruzando os dedos descaradamente por trás das costas
pois não importa o que mudasse, nada seria diferente

Um copo de água para digerir o tédio
e o que restou do amor secando no fundo do prato
o que ninguém quis e no fim das contas sobra

assim como os vegetais...
mas vegetais não amam, nem têm esperança
talvez por isso nem mesmo respirem

Há dias em que as palavras nos faltam
e nada do que fazemos é por vontade.