tag:blogger.com,1999:blog-57016510567258327402024-03-13T06:28:37.132-07:00PAGE NOT FOUNDUnknownnoreply@blogger.comBlogger66125tag:blogger.com,1999:blog-5701651056725832740.post-89643176188261205932022-07-14T16:34:00.001-07:002022-07-14T16:34:48.725-07:00Bernardo, o tigre, as hienas e o cão<p style="text-align: left;"><span style="font-family: georgia; font-size: medium;">Era uma vez um jovem garoto chamado Bernardo. Um garoto normal, de boa aparência, tinha amigos e se dedicava apenas o necessário aos estudos. Seus pais o tratavam com muitas regalias e acreditavam que o filho tinha um futuro brilhante pela frente. Bernardo não pensava no futuro, focava apenas em se divertir com seus amigos mas ainda assim não fugia de suas responsabilidades nem desobedecia seus pais.</span></p><p><span style="font-family: georgia; font-size: medium;">Um dia, após se despedir de seus pais, Bernardo foi caminhando até a escola como sempre fazia, mas no meio do caminho o garoto deparou-se com um grande tigre caminhando tranquilamente na calçada. Muito surpreso, ele exclamou:</span></p><p><span style="font-family: georgia; font-size: medium;">- Nossa! Por que há um tigre andando na rua?</span></p><p><span style="font-family: georgia; font-size: medium;">O tigre, com seus ouvidos aguçados, ouviu seu comentário e lançou lhe um olhar indignado:</span></p><p><span style="font-family: georgia; font-size: medium;">- O quê agora? Só porque sou um tigre não posso andar pela rua? Você está sendo preconceituoso!</span></p><p><span style="font-family: georgia; font-size: medium;">O garoto ficou ainda mais surpreso ao ouvir o tigre falar, mas já estando acostumado com o mundo que mudava rapidamente e percebendo a visível irritação do tigre, deixou esses pensamentos de lado e tratou de desculpar-se.</span></p><p><span style="font-family: georgia; font-size: medium;">- Sinto muito! Não queria te ofender, só fiquei um pouco surpreso.</span></p><p><span style="font-family: georgia; font-size: medium;">O tigre percebeu que realmente não havia maldade no garoto e decidiu aceitar suas desculpas. Mas antes que pudesse dizer qualquer coisa, um grupo de hienas que passava por perto e ouviu parte da conversa chegou fazendo uma algazarra:</span></p><p><span style="font-family: georgia; font-size: medium;">- Vejam! Aquele garoto foi preconceituoso, vamos espancá-lo!</span></p><p><span style="font-family: georgia; font-size: medium;">O tigre ficou atônito por alguns segundos com a escalada da situação mas logo tratou de tentar conter as hienas com seus rugidos. Infelizmente muitas das hienas já estavam completamente fora de si e quando a confusão finalmente foi controlada, Bernardo já não passava de um corpo sem vida estirado na calçada.</span></p><p><span style="font-family: georgia; font-size: medium;">Um cão policial foi chamado e levou todos à delegacia. Após ouvir todos os relatos, o delegado deu voz de prisão a todas as hienas envolvidas. Muitas hienas ficaram revoltadas:</span></p><p><span style="font-family: georgia; font-size: medium;">- Mas delegado, por que o senhor está nos prendendo? Nós só espancamos um garoto mau!</span></p><p><span style="font-family: georgia; font-size: medium;">E o delegado respondeu:</span></p><p><span style="font-family: georgia; font-size: medium;">- Sim.</span></p><p><span style="font-family: georgia; font-size: medium;">O tigre saiu da delegacia sentindo-se triste e culpado pela morte do garoto. No dia seguinte ele decidiu comparecer ao enterro de Bernardo e lá encontrou seus pais. Ao ver os dois aos prantos, o tigre resolveu aproximar-se e desculpar-se.</span></p><p><span style="font-family: georgia; font-size: medium;">Os pais de Bernardo estavam muito tristes pela perda do filho, mas não achavam que o tigre tinha alguma culpa na situação, afinal, tudo originou-se de um mau entendido. Mas antes que qualquer um dos dois pudesse falar alguma coisa, um grupo de hienas que passava por perto ouviu parte da história e chegou fazendo algazarra:</span></p><p><span style="font-family: georgia; font-size: medium;">- Olhem! Aquele tigre causou a morte de um garoto, vamos espancá-lo!</span></p><p><span style="font-family: georgia; font-size: medium;">Os pais de Bernardo não tinham como intervir na briga dos animais e tentaram acalmá-los de longe enquanto chamavam a policia. Novamente a confusão demorou a acabar e quando os ânimos esfriaram, o tigre e três das hienas já estavam sem vida.</span></p><p><span style="font-family: georgia; font-size: medium;">O mesmo cão policial atendeu à ocorrência e levou todos à delegacia. Depois de ouvir os relatos, o delegado tratou de prender todas as hienas restantes, que reclamaram indignadas:</span></p><p><span style="font-family: georgia; font-size: medium;">- Mas por que? Nós só espancamos um tigre mau!</span></p><p><span style="font-family: georgia; font-size: medium;">E o delegado respondeu:</span></p><p><span style="font-family: georgia; font-size: medium;">- Sim.</span></p><p><span style="font-family: georgia; font-size: medium;">O cão policial saiu pensativo após lidar com duas tragédias em um período tão curto. Enquanto fazia uma de suas rondas, ainda abalado, ele avistou um grupo de hienas caminhando tranquilamente pela calçada. Sem pensar muito, o cão foi até as hienas, deu-lhes uma bela surra e levou-as à delegacia. O delegado suspirou ao ver mais um grupo de hienas entrando pela porta, mas respirou fundo e passou a ouvir os relatos do caso. Depois de liberar as hienas, o delegado demitiu e prendeu o cão policial, que ficou indignado e perguntou-lhe:</span></p><p><span style="font-family: georgia; font-size: medium;">- Mas por que? Eu só prendi algumas hienas más!</span></p><p><span style="font-family: georgia; font-size: medium;">O delegado deu um longo e profundo suspiro, olhou o cão com um olhar de pena e respondeu:</span></p><p><span style="font-family: georgia; font-size: medium;">- Sim.</span></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5701651056725832740.post-17192439869665327532014-12-06T15:12:00.003-08:002014-12-06T15:14:22.737-08:0021:12O mercado de distrações é o mais rentável do mundo.<br />
Todos estamos fugindo afinal... de nós, de outros, de qualquer coisa.<br />
Tudo que é duro demais para encarar é imediatamente posto de lado<br />
Enquanto embarcamos em qualquer historia inventada ou alheia<br />
Mas nada é infinito, entre uma distração e outra a realidade cobra seu preço<br />
<br />
Não mostrar fraqueza não é como ser forte<br />
<br />
Sentimento é igual para todos,<br />
Delicado, frágil, instável<br />
possui partes pequenas<br />
que podem ser engolidas.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5701651056725832740.post-69607380401886865512012-06-12T17:10:00.002-07:002012-06-12T17:10:51.771-07:00Leite e pão"E se eu gostar de alguém?"
"Se aquiete menino! Tu não serve pra isso, coisa assim só faz ardido e vai embora. Toma, vá lá comprar leite e pão."Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5701651056725832740.post-30862354861761515282012-03-30T19:54:00.000-07:002012-03-30T19:54:43.392-07:00PassarinhoÉra uma vez um pequeno passarinho que morava no alto de uma torre fria e escura,<br />
Todos os dias ele sonhava em conhecer o mundo, ver e ouvir de tudo em todos os lugares<br />
Mas as sempre que saía, mal conseguia voar alguns metros e era atacado e ferido, então voltava sangrando<br />
Mesmo assim a luz do mundo exterior lhe seduzia de tal forma que ignorava seus ferimentos e lançava-se para fora dia após dia<br />
Então o passarinho morreu.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5701651056725832740.post-49395966987526115182012-01-06T08:13:00.001-08:002012-01-06T08:13:35.656-08:00Agulha que cai no piso da sala ao ladoConfiança é uma palavra forte...
e ao mesmo tempo frágil.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5701651056725832740.post-85725093309126657792011-09-08T19:27:00.000-07:002011-09-08T19:27:33.832-07:00Pó<p>Já faz algum tempo que não procuro saber das novidades, pessoas, seus detalhes e notícias tristes. Não que de repente deixe de me importar com as pessoas em si mas me tornei tão desinteressado que o isolamento parece mais convidativo.</p>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5701651056725832740.post-13579318099837475922011-06-12T09:15:00.000-07:002011-06-12T09:20:34.675-07:00Quando não é domingoO garoto passava seus dias a procura de pessoas diferentes<br />quando encontrava, nada dizia, as vezes esboçava um sorriso<br />mas observava-lhe enquanto possivel<br />como se lesse algo de vida em seus olhos<br />já não sentia-se sozinho no mundo.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5701651056725832740.post-57483309383756338072011-05-08T20:29:00.000-07:002011-05-08T20:33:58.344-07:00I Concurso de Poesias Autores S/A<center><a href="http://autoressa.blogspot.com/2011/05/i-concurso-de-poesia-autores-sa.html" target="blank"><img src="http://2.bp.blogspot.com/-rLnbt6_lPw4/TcN3RQ_v6-I/AAAAAAAAA4I/TlBOawaWS-U/s640/Concurso+de+Poesias+Autores+SA.jpg"/></a></center><br />Participe! Inscrições de 05 de maio a 05 de junho. Clique sobre a imagem para ver o regulamento.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5701651056725832740.post-76243212173364853742011-03-09T15:56:00.000-08:002011-03-09T16:01:48.314-08:00Estrada sem chão (zero)<div style="text-align: justify;">Abriu os olhos e não havia nada que quisesse realmente fazer. Olhou em volta checando os estragos da tarde anterior e ficou a imaginar até que ponto poderia chegar tudo isso, ainda procurava por algo mas parecia cada vez mais longe de descobrir o que era.<br /><br />Os musculos ainda estavam doloridos, a tinta seca grudava sua pele de modo incômodo, tentou levantar-se devagar. O espelho anda refletia a mesma Alice de sempre, porém num estado um tanto pior, o rosto exibia uma mistura seca de suor, lágrimas e tinta. ela abaixou a cabeça desviando o olhar da garota do espelho e arrastou-se até o chuveiro.<br /><br />Enquanto a agua do chuveiro dissolvia a tinta branca ela tentava encontrar algum sentido em qualquer coisa. Todas as lembranças não passavam de uma névoa distante e ela achava melhor assim, mas ainda tinha essa falta de tudo como se a estrada simplesmente desaparecesse em todas as direções. Normalmente usava a imaginação para inventar seus dias, era o recurso que lhe sobrava mas agora parecia não funcionar... Relutou um pouco mas cedeu à fazer planos, tentando analisar as coisas logicamente.<br /><br />Precisava encontrar Nicolle que já não aparecia à quase dois dias, e precisava de uma vontade, qualquer coisa que lhe obrigasse a querer e assim passar o tempo. Não fazia ideia de como ter ou comprar uma coisa dessas mas teria de descobrir.<br /><br />Ao girar a chave na fechadura tinha um plano definido mas isso não mudava em nada aquela sensação. Um pequeno sussurro se repetia em sua mente no ritmo em que respirava.<br /><br /><span style="font-style: italic;">"Pra onde vamos agora?"</span></div>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5701651056725832740.post-19295085012240322882011-02-20T11:56:00.000-08:002011-02-20T12:09:00.103-08:00Hiatus<span style="font-style: italic;">Prometeu-se mais uma vez de que seria a última,</span><br /><span style="font-style: italic;">cruzando os dedos descaradamente por trás das costas</span><br /><span style="font-style: italic;">pois não importa o que mudasse, nada seria diferente</span><br /><br /><span style="font-style: italic;">Um copo de água para digerir o tédio</span><br /><span style="font-style: italic;">e o que restou do amor secando no fundo do prato</span><br /><span style="font-style: italic;">o que ninguém quis e no fim das contas sobra</span><br /><br /><span style="font-style: italic;">assim como os vegetais...</span><br /><span style="font-style: italic;">mas vegetais não amam, nem têm esperança</span><br /><span style="font-style: italic;">talvez por isso nem mesmo respirem</span><br /><br /><span style="font-style: italic;">Há dias em que as palavras nos faltam</span><br /><span style="font-style: italic;">e nada do que fazemos é por vontade.</span>Unknownnoreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5701651056725832740.post-66252280205028256222010-10-30T14:08:00.000-07:002010-10-30T14:18:47.666-07:0097Hoje olhei para trás.<div>Não da forma criminosa como quem quer voltar a um ponto onde sentia-se confortavel, de certa forma já me conformei com isso.</div><div>Olhei como quem está entediado com o longo caminho à frente e quer saber o quanto já andou.</div><div>E foram tantas coisas... sim a principio parecia imenso e inútil mas não posso negar que mudei.</div><div>Sei que olhando pra você eu enxerguei algo que já conhecia, uma mesma historia que vivemos completamente alheios um do outro.</div><div>E sei que não vou esquecer, sempre guardo tudo. </div><div>Não rasgo folhas, só viro as páginas.</div>Unknownnoreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-5701651056725832740.post-63659622092142365422010-10-24T08:41:00.000-07:002010-10-24T08:47:58.204-07:00Se as vezes não conseguimos distinguir, não quer dizer que não sabemos...E talvez a alma seja como um copo cristalino<div>que só de olhar nos olhos não podemos saber</div><div>se está vazio ou cheio, ou mesmo existe.</div><div><br /></div><div>E talvez a solidão seja relativa</div><div>algo como não estar com quem desejamos</div><div>mas talvez nunca estejamos realmente sozinhos</div><div>basta olhar para as pessoas certas.</div><div><br /></div><div><br /></div>Unknownnoreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5701651056725832740.post-63048365576843956202010-10-09T15:51:00.000-07:002010-10-09T15:54:43.621-07:00As coisas..Quer saber?<div>Acho que realmente as coisas não são desse modo.</div><div>Não me pergunte, não sei como são...</div><div>mas não são assim.</div>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5701651056725832740.post-80969797597624136862010-09-09T19:01:00.000-07:002010-09-09T19:04:19.448-07:00PrólogoOntem terminei de ler aquele livro.<div>As lágrimas vieram no final, algo raro</div><div>uma historia como poucas.</div><div><br /></div><div>É devo admitir que foi uma boa escolha...</div><div>ao contrario das minhas.</div><div>E que talvez o silencio oportuno também o seja.</div>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5701651056725832740.post-5103867599172283012010-09-05T14:10:00.000-07:002010-09-05T14:11:52.894-07:00Sem TítuloHoje fui ao zoológico, os piores animais estavam soltos.Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5701651056725832740.post-89365762867354336142010-07-31T11:53:00.000-07:002010-07-31T11:59:18.051-07:002º DelírioSacolejando. As letras parecem pingos de chuva e se houvesse nuvens cinzas seriam de fato mas o céu é alaranjado escuro e parece mesmo que passaram vinte minutos a mais do que o tempo percebeu e a lua amarelada em si parecia uma foto antiga.<br />Seus olhos lembram-me amêndoas, são grandes, belos, não consigo encara-los por muito tempo mas logo volto a eles como se fossem magnéticos. Não digo nada, nem vou dizer, nunca digo. As letras são apenas rabiscos que não vou entender depois e, de fato, a noite é um dia estranho.Unknownnoreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-5701651056725832740.post-338206339468175032010-07-31T11:49:00.000-07:002010-07-31T11:53:40.906-07:001º DelírioVento. Estranhamente convidativo não fosse pelo som abafado e alto sem razão alguma. Talvez pelo clima umidade exata temperatura inconstante a despertar a voz de delírio de que as arvores movem-se e passa das dez.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5701651056725832740.post-43012485056579728442010-07-03T19:47:00.000-07:002011-08-14T07:48:56.054-07:00tiquetaques isolados no silenciosim.. sempre me desespero, e me espero.. Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5701651056725832740.post-13300494369899883552010-05-23T16:53:00.000-07:002012-12-18T18:23:49.026-08:00ProbabilidadeAlguém um dia tentou entender por que as pessoas mentem... Não pensou sobre isso por algumas horas ou dias... dedicou grande parte de sua vida a isso. Um dia, vencido pelo cansaço, mentiu para si mesmo dizendo que já não era importante... e então compreendeu.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5701651056725832740.post-50645781901932497842010-05-15T12:09:00.000-07:002010-05-15T12:12:07.596-07:00ImplosaoAs pessoas que passavam apressadas pela rua olhavam-lhe apenas de relance, mas podia perceber suas expressões. Com certeza não era tão normal ver uma pessoa parada naquele lugar ou em qualquer outro, ainda mais no movimento acelerado do fim da tarde. Mas por trás do silencio quase fúnebre, as coisas corriam mais rápido do que Alice podia acompanhar.<br /> Tentou encontrar uma resposta sobre o que havia acontecido, algo a mais do que teorias improvisadas, mas nada fazia sentido. Talvez tivesse perdido em algum lugar as ultimas forças que guardava para suportar tudo aquilo. Agora tinha uma boa porção de sentimentos ferozes e talvez sedentos de vingança pelo tempo confinados.<br /> Imaginava seus transtornos como vários cães negros correndo mais rápido do que poderia enxergar, arrancando de passagem, pedaços grandes de seu corpo, ou talvez de sua alma, o que dói mais afinal? Sabia que tentar fugir seria inútil, mas ainda não fazia ideia de como lutar contra isso ou do que aconteceria no final. Por um momento desejou apenas braços que lhe envolvessem e dissessem que está tudo bem, mesmo não estando.<br /> Percebeu então que estava só, mas de maneira nenhuma queria isso.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5701651056725832740.post-82381578921416882212010-05-15T12:08:00.000-07:002010-05-15T12:09:07.662-07:00Explosão <meta equiv="CONTENT-TYPE" content="text/html; charset=utf-8"> <title></title> <meta name="GENERATOR" content="BrOffice.org 3.1 (Linux)"> <style type="text/css"> <!-- @page { margin: 2cm } P { margin-bottom: 0.21cm } --> </style> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;">Fechou os olhos com força e abriu-os mais uma vez, nada. Tentou chamar baixinho para que talvez ouvissem, nada. Tentou se concentrar, acreditar com todas as forças que ainda tinha mas nada se movia nem um milimetro, apenas coisas sem vida.</p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;"> Olhava para as manchas brancas no teto, algumas cuidadosamente pintadas, com formas bem definidas, outras apenas respingos como havia no quarto todo devido a seu momento de raiva. Seus braços doíam, já não tinha forças para levantar-se e pouco via do estrago que havia feito. Sua respiração ainda era rápida e as lagrimas começavam a molhar o rosto já úmido de suor e tinta.</p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;"> Passou a considerar que talvez não fosse possível reproduzir todas as coisas, por mais vontade que se use, só consegue-se coisas mortas e paradas. Nada seria como era antes, teria que lidar com o presente, fazer tudo o que não queria.</p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;"> Seus olhos se fechavam de cansaço mas esforçava-se para mante-los abertos, não queria sonhar de novo, também não queria ficar acordada, não sabia bem o que queria... apenas no fundo, tinha uma pequena esperança de que tal coisa existisse.</p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;"> O sono veio mais forte, as forças se foram, os olhos se fecharam. Então veio a noite, a manhã, e com o sol em seus olhos, percebeu que havia tomado uma decisão.</p> Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5701651056725832740.post-62726492713743179942010-04-24T13:45:00.000-07:002010-04-24T13:49:17.401-07:00VidenteEntrou devagar, as pernas ligeiramente tremulas, as mãos suando. Não se imaginava fazendo algo do tipo mas ali estava. Dirigiu-se ao homem sentado no chão que fitava-o com um olhar instável, algo entre a sabedoria e a loucura. Suas roupas eram normais, nada que caracterizasse sua profissão.<br />- Você é o vidente?<br />- O que você quer?<br />- Quero que leia minha mão.<br /> O homem segurou-lhe a mão e virou-a para cima em um gesto impaciente, quase brusco. Analisou -a por alguns segundos e suspirou olhando-o nos olhos.<br />- Não há nada escrito na sua mão.<br />- Nada?Como assim?<br />- Você escreveu alguma coisa não sua mão?<br />- N.. não mas..<br />- Pediu pra alguém escrever na sua mão?<br />- Não.<br />- Então porque você vem aqui e pede pra eu ler sua mão se não há nada escrito?<br />- Bom.. você deveria ver o futuro...<br />- Futuro? O que você acha que é o futuro?<br /> Ele fitou o chão por algum tempo, o rosto ficando vermelho, não apenas pelo nervosismo mas por não saber realmente uma resposta para aquela pergunta. O homem sorriu levemente mas seu olhar continuou duro, aquele ar meio insano mas que inspirava a existência de algum saber considerável.<br />- Meu filho.. ninguém pode enxergar seu futuro além de você mesmo. Ele não é um livro que todos podem ler, é um caderno em branco. Suas decisões tem sido difíceis mas não tomá-las vai te render apenas o mesmo caderno em branco, se você quer realmente saber seu futuro, livre-se desse medo inútil e escreva-o.<br />- Mas como me livro do medo?<br />- Desculpe, seu tempo acabou, precisa ir agora.<br />- Não.. espere, eu pago quanto você quiser, apenas me responda isso.<br />- Meu filho, eu não cobro por esse trabalho. Tenha um bom dia.<br />O homem virou-se e entrou pelas cortinas. Ainda com as pernas tremendo, ele saiu devagar da sala. Na porta, encontrou outro sujeito, mais baixo e, ao contrario do primeiro, usando roupas que mais pareciam uma fantasia.<br />- Me desculpe rapaz, tive uns contratempos, você esperou muito?<br />- Não, já estou de saída. O outro vidente me atendeu.<br />O pequeno homem olhou-o demoradamente como quem observa um caso sem solução, enfim suspirou e abriu a boca, a voz saia-lhe secamente.<br />- Eu sou o único vidente daqui.<br />Entrou fechando a porta atrás de si.Unknownnoreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5701651056725832740.post-13869340447892998932010-04-17T19:37:00.000-07:002010-04-17T19:38:31.323-07:00saberSempre em algum momento nos interessamos em saber, é algo repentino e infalivel, logo estamos atrás de perguntas e de respostas. Quanto mais sabemos, mais queremos saber, até o ponto em que percebemos que nunca poderemos saber tudo... é uma palavra muito maior do que podemos compreender. Mesmo assim a corrida continua, é como um vicio, um ciclo. Muito de nossas vidas se resume a correr atrás de perguntas e respostas, mesmo de forma inconsciente, e em vários momentos percebemos que na verdade queríamos nunca saber, e ter de novo a inocência de um recém nascido.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5701651056725832740.post-69908325968090379992009-10-01T06:06:00.000-07:002009-10-01T06:13:59.889-07:00desumanidadesomos como formigas indisciplinadas<br />correndo sem saber para onde<br />e os cegos pensam enxergar<br />mas quem enxerga diz: "sou cego"<br />e atribuem loucura a toda sabedoria...<br />.. que estavam ocupados demais para entender<br />e os que julgam saber, pouco sabem<br />e os que sabem, lamentam não saber<br />e o homem se fez complexo demais<br />que já não entende as coisas simples<br />deixando de ser humano por apenas homem<br />que já não olha em volta, nem vê o sol<br />me disseram que la fora é dia<br />mas parece tão escuro...Unknownnoreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-5701651056725832740.post-64658684924740352192009-09-27T08:23:00.000-07:002010-04-03T18:05:30.330-07:00gesticulava<br />mãos e rosto em expressões absurdas<br />seu olhar aflito acabava-se em apelos<br />suas mãos inquietas não tinham voz<br /><br />gesticulava a todos, mas ninguém o entendia<br />se ao menos se ouvisse um leve murmurio...<br />seus gestos eram seu desespero<br />gesticulava em pausa, como se respirasse<br /><br />mas não se encontrava, não se compreendia<br />apenas gesticulava inutilmente<br />não havia erro em seus gestos<br />mas a palavra que sentia<br />era inexistente no mundo dos homensUnknownnoreply@blogger.com4