quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Noite

Volto em sonhos à uma noite clara
As luzes amarelas nas ruas vazias
a pálida beleza da completa ausência
Nada se move,
Nada se fala,
Nada respira,
Somente o leve pulsar da noite.
Caminhamos
Os passos contidos,
A respiração presa,
Temendo acordá-la.
Assim.. silenciosamente,
Pode-se libertar os sonhos,
fazer o que era impossível,
enquanto todos observavam,
Apreciar a liberdade da solidão,
e a solidão da liberdade,
aproveitar cada minuto,
Pois sabe-se que vem a manhã
se acordará do sonho, ainda com sono
nos lembraremos e concluiremos
que seria uma bela noite...
caso houvesse existido.

Um comentário:

Camilíssima Furtado disse...

"Pois sabe-se que vem a manhã
se acordará do sonho, ainda com sono nos lembraremos e concluiremos
que seria uma bela noite...
caso houvesse existido."
Este trecho define o poema, dá a ele o lirismo perfeito e toca profundamente o coração. Sei bem o que é sonhar com momentos perfeitos que deixam no amanhecer um gosto de saudade na boca...
Parabéns mais uma vez. Sempre.
Beijinhos!!!