domingo, 16 de agosto de 2009

saudades roubadas

É o que sabe, é o que não diz, mas reflete em seus olhos enxarcados de fim de tarde, de algum sonho esquecido soam ecos, inexplicáveis saudades de pés descalços e bolas de gude, de conversas assentadas na poeira do chão, suor de dia quente respirando ar puro. Das invariações dessa casta inocência do riso natural e sem motivo.. sem motivo lembra.. sente.. mas como , se não viveu? acaso não seriam quartos escuros janelas fechadas, paredes mofadas? De que natureza roubaste tais lembranças? Por que sentes se não viveu, tal seria o tempo a ferir até o negro da alma? Ou a felicidade um recurso vital que se procura por instinto? O que não foi e mesmo assim se sabe, que não se vê mas mesmo assim se procura... apenas vontade de ter vivido.







Não.. não... não pare agora.... podemos continuar até que o mundo seja nosso, talvez só esperar um pouco.. até ver essa fraqueza passar... não sei, não sei, meus olhos se fecham... apenas diga mais uma vez, apenas fale-me qualquer coisa... gosto tanto de sua.. pronúncia...

2 comentários:

Victória Duarte disse...

muito legal
gostei do testo
parabems

Aмbзr Ѽ disse...

muito impactante e desesperador. como amar.

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