Nada havia mais que escuro;
Cortado aos poucos pelos raros faróis;
Escondendo a claridade de um dia que já se foi;
Nada se vê, menos se enxerga;
Espera que os olhos se acostumem;
Então surgem aos poucos, em uma calma invejável;
Vultos, sombras... Ilusão?;
Forma-se a imagem meio às trevas;
Pessoas reais, vivas realmente, respiram;
E a noite passa a ter sentido.
O Amor Fernando Pessoa
-
O amor, quando se revela,
Não se sabe revelar.
Sabe bem olhar p’ra ela,
as não lhe sabe falar.
Quem quer dizer o que sente
Não sabe o que há de di...
Nenhum comentário:
Postar um comentário