O olhar penetrante;
O abraço incontido;
Poucas palavras, assuntos normais;
Por dentro tudo tão diferente;
Mostra a personagem, uma de cada vez;
De relance, o que há por dentro;
Não posso enxergar mais fundo;
Algo incomoda dentro, a pulsação sobe;
Sem reação, a personagem salva;
O olhar torna vulnerável, quase um escravo;
Quem é você?
O que fez comigo?
Não quero de volta as noites de sono;
Só deixe-me dormir outra vez.;
O sorriso enfeitiça, faz-me menção ao tempo;
Não vá, não agora;
As palavras não saem;
A personagem fala, trivialmente, não como queria;
O tempo aperta, devora os momentos restantes;
Afasta-se, assim como apareceu;
Sentidos confusos, onde esta o chão?
Meio alegre, quase um bobo;
Meio triste, quase luto;
O tempo congela, quase retrocede;
O que está em volta parece sem sentido...
Onde eu estou?
Onde você está?
Olheiras profundas;
Pensamentos correm por todos os lados
Incontrolável, inativo;
Os pés voltam a sentir o chão;
Volta a rotina;
Fica a lembrança;
Um vulto;
Um relance;
O silencio;
O que seria?
Pensei ter visto você.
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