sábado, 6 de dezembro de 2014

21:12

O mercado de distrações é o mais rentável do mundo.
 Todos estamos fugindo afinal... de nós, de outros, de qualquer coisa.
Tudo que é duro demais para encarar é imediatamente posto de lado
Enquanto embarcamos em qualquer historia inventada ou alheia
Mas nada é infinito, entre uma distração e outra a realidade cobra seu preço

 Não mostrar fraqueza não é como ser forte

Sentimento é igual para todos,
 Delicado, frágil, instável
possui partes pequenas
que podem ser engolidas.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Leite e pão

"E se eu gostar de alguém?" "Se aquiete menino! Tu não serve pra isso, coisa assim só faz ardido e vai embora. Toma, vá lá comprar leite e pão."

sexta-feira, 30 de março de 2012

Passarinho

Éra uma vez um pequeno passarinho que morava no alto de uma torre fria e escura,
Todos os dias ele sonhava em conhecer o mundo, ver e ouvir de tudo em todos os lugares
Mas as sempre que saía, mal conseguia voar alguns metros e era atacado e ferido, então voltava sangrando
Mesmo assim a luz do mundo exterior lhe seduzia de tal forma que ignorava seus ferimentos e lançava-se para fora dia após dia
Então o passarinho morreu.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Agulha que cai no piso da sala ao lado

Confiança é uma palavra forte... e ao mesmo tempo frágil.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Já faz algum tempo que não procuro saber das novidades, pessoas, seus detalhes e notícias tristes. Não que de repente deixe de me importar com as pessoas em si mas me tornei tão desinteressado que o isolamento parece mais convidativo.

domingo, 12 de junho de 2011

Quando não é domingo

O garoto passava seus dias a procura de pessoas diferentes
quando encontrava, nada dizia, as vezes esboçava um sorriso
mas observava-lhe enquanto possivel
como se lesse algo de vida em seus olhos
já não sentia-se sozinho no mundo.

domingo, 8 de maio de 2011

I Concurso de Poesias Autores S/A


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quarta-feira, 9 de março de 2011

Estrada sem chão (zero)

Abriu os olhos e não havia nada que quisesse realmente fazer. Olhou em volta checando os estragos da tarde anterior e ficou a imaginar até que ponto poderia chegar tudo isso, ainda procurava por algo mas parecia cada vez mais longe de descobrir o que era.

Os musculos ainda estavam doloridos, a tinta seca grudava sua pele de modo incômodo, tentou levantar-se devagar. O espelho anda refletia a mesma Alice de sempre, porém num estado um tanto pior, o rosto exibia uma mistura seca de suor, lágrimas e tinta. ela abaixou a cabeça desviando o olhar da garota do espelho e arrastou-se até o chuveiro.

Enquanto a agua do chuveiro dissolvia a tinta branca ela tentava encontrar algum sentido em qualquer coisa. Todas as lembranças não passavam de uma névoa distante e ela achava melhor assim, mas ainda tinha essa falta de tudo como se a estrada simplesmente desaparecesse em todas as direções. Normalmente usava a imaginação para inventar seus dias, era o recurso que lhe sobrava mas agora parecia não funcionar... Relutou um pouco mas cedeu à fazer planos, tentando analisar as coisas logicamente.

Precisava encontrar Nicolle que já não aparecia à quase dois dias, e precisava de uma vontade, qualquer coisa que lhe obrigasse a querer e assim passar o tempo. Não fazia ideia de como ter ou comprar uma coisa dessas mas teria de descobrir.

Ao girar a chave na fechadura tinha um plano definido mas isso não mudava em nada aquela sensação. Um pequeno sussurro se repetia em sua mente no ritmo em que respirava.

"Pra onde vamos agora?"

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Hiatus

Prometeu-se mais uma vez de que seria a última,
cruzando os dedos descaradamente por trás das costas
pois não importa o que mudasse, nada seria diferente

Um copo de água para digerir o tédio
e o que restou do amor secando no fundo do prato
o que ninguém quis e no fim das contas sobra

assim como os vegetais...
mas vegetais não amam, nem têm esperança
talvez por isso nem mesmo respirem

Há dias em que as palavras nos faltam
e nada do que fazemos é por vontade.

sábado, 30 de outubro de 2010

97

Hoje olhei para trás.
Não da forma criminosa como quem quer voltar a um ponto onde sentia-se confortavel, de certa forma já me conformei com isso.
Olhei como quem está entediado com o longo caminho à frente e quer saber o quanto já andou.
E foram tantas coisas... sim a principio parecia imenso e inútil mas não posso negar que mudei.
Sei que olhando pra você eu enxerguei algo que já conhecia, uma mesma historia que vivemos completamente alheios um do outro.
E sei que não vou esquecer, sempre guardo tudo.
Não rasgo folhas, só viro as páginas.